A tireóide é uma glândula localizada na região anterior do pescoço, formada por dois lobos e o istmo, que liga o lobo esquerdo com o direito, fazendo com que a glândula tenha um formato semelhante ao de uma borboleta.
A sua principal função é produzir os hormônios tireoidianos triiodotironina (T3) e tetraiodotironina (T4). Estes hormônios agem em praticamente todos os órgãos e sistemas do organismo, dando a esta glândula tamanha importância. Metaforicamente, pode-se considerar a tireóide como um maestro do corpo humano. Ela fomenta o bom funcionamento das atividades humanas, como por exemplo, os batimentos cardíacos, o funcionamento do intestino, o ciclo menstrual, a fertilidade, a temperatura corporal e principalmente as funções cognitivas, como a memória e a concentração.
A glândula da tireóide pode sofrer disfunções durante o decorrer dos anos. Pode ocorrer a superprodução de hormônios, ou o oposto, a produção insuficiente de hormônios. Ambos os quadros trazem consequências para o paciente.
Hipotireoidismo
O hipotireoidismo é caracterizado pela baixa produção dos hormônios da tireóide (T3 e T4). Em um simples exame de sangue, é possível detectá-lo. Uma vez que o organismo está com o seu “maestro” comprometido, as suas atividades também estarão. Funções importantes ficam mais lentas e geralmente sente-se um grande cansaço e sonolência. É possível ocorrer aumento de peso, intestino preso, batimentos cardíacos desacelerados e aumento do nível de colesterol no sangue. A parte cognitiva também é prejudicada. Pacientes relatam dificuldade de concentração e memória ruim.
Hipertireoidismo
Em oposição a primeira disfunção, o hipertireoidismo é caracterizado pela superprodução hormonal. Portanto, os mesmos órgãos são afetados, porém de uma maneira diferente. Metaforicamente, é como se o maestro estivesse empolgado demais, deixando todos os músicos confusos, acelerados e fora do ritmo. Os principais sintomas são: batimentos cardíacos acelerados, perda de peso, agitação e insônia.
Tireoidite de Hashimoto
Considerada uma doença autoimune, a tireoidite é caracterizada pela inflamação da glândula da tireóide. O sistema imunológico ataca a tireóide como se ela necessitasse ser combatida. De repente, por causas ainda pouco conhecidas, anticorpos são produzidos e combatem a glândula, que com o tempo, passa a produzir pouco hormônio. Muitos casos de tireoidite levam ao hipotireoidismo, e por isso, deve ser precocemente descoberto e já tratado.
Tratamento das disfunções tireoidianas
Muitos dos sinais e sintomas de hipertireoidismo e hipotireoidismo podem ser discretos. Em caso de dúvidas, procure um médico endocrinologista. Este especialista em doenças relacionadas aos hormônios pode ajudar a diagnosticar e tratar as disfunções.
Se você já trata algum dos casos mencionados, permaneça acompanhando a sua doença regularmente. Ajustes de dosagens hormonais podem ser necessários.
Nódulos e Câncer de tireóide
Grande parte da população tem ou terá nódulos na tireóide. Podem ser detectados por exames de imagem, como o ultrassom da tireóide ou com a simples palpação. Após a sua identificação, o endocrinologista investigará se este é benigno ou maligno, solicitando uma série de exames. Se o nódulo for benigno, o especialista irá acompanhá-lo e o paciente está fora de risco.
Em casos de malignidade, é dado o diagnóstico de câncer de tireóide e então necessitará de um tratamento cirúrgico para retirada total da tireóide.
Paratireóides
As paratireóides são quatro glândulas, localizadas atrás da tireóide. Produzem um hormônio que controla a quantidade de cálcio presente no sangue. Disfunções na produção do paratormônio (PTH) podem gerar a hipercalcemia (excesso de cálcio) ou a hipocalcemia (deficiência de cálcio).
O endocrinologista é o médico responsável por solicitar exames para identificar os níveis de PTH e tratar estas disfunções que podem gerar graves complicações ao paciente, como por exemplo, a osteoporose, fraturas ósseas e problemas renais.
Em casos de dúvidas, procure um endocrinologista.