O Hirsutismo é caracterizado pelo aumento da quantidade de pêlos na mulher em locais comuns ao homem. Embora seja raro, costuma afetar as mulheres durante os anos férteis e após a menopausa. O Hirsutismo pode ser provocado por causas genéticas, uso de medicamentos e distúrbios endocrinológicos, sendo eles:
Superprodução de hormônios masculinos: nestes casos, ocorre um surgimento progressivo dos pêlos, e deve ser investigado. Há causas diversas, sendo as mais comuns distúrbios na regulação da produção dos hormônios sexuais e seu balanço, e muito raramente tumores nos ovários ou nas glândulas suprarrenais.
Hirsutismo familiar: neste caso não se identificam desbalanços hormonais, e, portanto, é associado a alguns grupos étnicos específicos.
Síndrome do Ovário Policístico (SOP): um dos sintomas da SOP é o surgimento de pêlos. O diagnóstico da síndrome é estabelecido uma vez que a paciente apresenta 2 ou 3 sintomas combinados, sendo eles: hiperandrogenismo, irregularidade menstrual ou anovulação e a presença dos cistos nos ovários. Além do surgimento dos pêlos, outros sintomas comuns a pacientes que apresentam a SOP são: o aparecimento de acne, oleosidade excessiva na pele e couro cabeludo e aumento do peso.
Sintomas do Hirsutismo e o excesso de pêlos
O principal sintoma é o surgimento de pêlos em regiões não comuns às mulheres como queixo, buço, abdômen inferior, ao redor de mamilos, entre as mamas, glúteos e na parte interna das coxas.
Quando o hirsutismo está relacionado a distúrbios na produção de hormônios masculinos, outros traços masculinos podem surgir na mulher, tais como o aumento da massa muscular, a alopecia (perda de cabelos no topo da cabeça), acne, infertilidade, voz mais grossa, crescimento do clitóris, diminuição do tamanho dos seios e distúrbios menstruais.
Diagnóstico e Tratamento do Hirsutismo
Se o paciente percebe um dos sintomas relatados anteriormente, o primeiro passo é procurar um médico endocrinologista para que este realize uma investigação hormonal. Alguns exames laboratoriais podem ser solicitados, como é o caso da dosagem de testosterona sérica, androstenediona, deidroepiandrosterona (DHEA), sulfato de deidroepiandrosterona (DHEA-S), hormônio folículo estimulante (FSH), hormônio luteinizante (LH), prolactina e cortisol.
Exames de imagem, como a ultra-sonografia e a tomografia computadorizada, também são úteis quando há a necessidade da exclusão de tumores. A partir daí, o médico irá planejar as estratégias do tratamento que passa, inicialmente, pela definição da doença de base, caso exista. Após iniciar o tratamento da doença base, estratégias tópicas ou depilatórias podem ser associadas para levar mais autoestima e satisfação ao paciente.
Consulte sempre um médico endocrinologista.